Yeshua e a Matéria - Pequena Meditação

22-11-2023

Se observo algo, que parte de mim mesma me contempla de volta?

Aqui está uma questão que importa responder ao longo do tempo até que ele se desfaça. Se te olho nos olhos e vejo a tua profundidade é porque a síntese de todos os meus sentidos têm o desejo de a traduzir e encontrar. No fundo do teu olhar e no fundo das ranhuras das folhas, no pólen e no sal, que face da Existência está à espreita? Eu em Ti e Tu em Mim, o Rio em Mim, o Rio em Ti, o Mar em Nós …

Sente, há coisas naturais que te apaixonam. Sentes o calor do sol ou a água a tocar o teu corpo, todas as partículas estão simultaneamente a rever-se a si mesmas através das sensações do teu corpo - isto sustém toda a matéria: a fusão.

Mas para que serve esta reflexão? De nada serve sem a experiência da Vida. Yeshua não contemplou a matéria na sua mais ínfima condição e no seu mais ínfimo aspecto apenas para si mesmo. Yeshua operou milagres para que a Vida chamasse a Vida através de si - de ti! Yeshua partilhou-se a si mesmo tal qual a natureza se partilha contigo, cíclica, em movimento e bela. Yeshua incorporou em si a matéria da Terra na mais perfeita Sincronia com a Estrela e tornou-a visível, a simultaneidade, o multi-universo nos gestos de um homem.

A Terra fez-se Corpo Celeste no Corpo de Yeshua e hoje, se o permitires, ele olha-te diretamente nos olhos através do pássaro, da onda e da areia.

Hoje, a sensibilidade do teu corpo e do teu olhar chamam Yeshua de volta! Repara, de nada serve a intelectualidade sem a expressão da evidência do facto no próprio corpo, tudo morre para que tudo viva!

A Voz da Terra é aquela que funde em si quem observa e é observado, aquela que funde num só ponto – no Som – a vibração que sustém a Espiral. Repara, o facto de poderes observar e sentir o que observas é já a Espiral, para a chamares à Vida na sua perfeita condição, concreta e objetiva, permite apenas, permite-te ser observado pelo mar, pelo sol, pelo rio, deixa cair todas as máscaras, deixa cair os pesos mortos do passado, desnuda o teu Ser, permite-te ser Amado! 

 
A nudez é o mais belo abrigo da Alma, o poema preferido da folha e do pássaro! 

Céu rosa vivo, céu aberto em flor, céu Yeshua e Magdalena que anoitece no mais que perfeito Amor. É o oiro do nosso Corpo, da nossa Voz quando se mostra Livre e Inteira, pronta para devolver à Terra o que lhe pertence, pronta para ser Estrela!