O 31 de Outubro do Futuro, Ibérico e Não Comercial

31-10-2024

O 31 de Outubro do Futuro, Estelar, Ibérico e não comercial.Não creio que no futuro (daqui a pelo menos 10 gerações) se viverá a passagem do 31 de Outubro para o 1 de Novembro disfarçado de bruxa de olhos carregados de susto, como se elas fossem essas aves negras a espalhar o que a imaginação tem a oferecer de mais assustador ... 

Creio que no futuro o verde pairará sobre as nossas cabeças de tal modo que se abrirão naturalmente as imagens das ancestrais e eternas estrelas que cantam: Como é Luminosa a Vida Sensível!Perdurará a Alma Lúcida na adolescência quando às crianças ensinarmos antes de tudo que viemos das Estrelas. Aí todas as bruxas serão coloridas e intergaláticas. 

As vestes terão as cores com as quais a natureza se veste; e à noitinha a canção do misterioso acende-se numa vela ou numa fogueira onde nos reunimos para contar aos mais novos as histórias das nossas origens mais distantes: galáxias gigantes pairando na Enormidade que se diz do Infinito, a nossa Amada Via Láctea brincando e estendendo os seus longos braços que vivificam o Universo. O Cancioneiro deste Dia 31 terá como partitura as histórias celestes, onde os animais são anjos, onde seres dos mares e florestas cósmicas festejam a multiplicidade da Vida para deixar um rumor de felicidade imperecível correr o universo inteiro, a Imaginação pintará novas galáxias sobre quadros humanos onde as bruxas e os magos são os Grandes Sábios que regem as Terras. 

Com uma varinha de condão, a Graça, a Alquimia, a Senciência são chaves da Harmonia, e não mais necessitará o humano de encontrar medos aqui e acolá para impor seja que poder for seja a quem for, o negro será o manto da santa Inocência onde a dualidade dum bem e dum mal se dissipam entre os lume das estrelas. Além do bem e do mal, todas as orações serão a firme presença dum divino que nos acaricia pela vida fora o rosto, a face dessa Criança que mora no Coração e que nunca, jamais esquece a sua Origem. 

 Crianças correndo à volta da fogueira como no magusto, comendo castanhas, saltando e rindo e vestidas de si mesmas.