Mistérios da Portugalidade
No Mistério, a chave daquela árvore que conduz, permeia e abraça a lágrima e o sal. É do corpo o poema, é da voz a candeia, da melodia o verbo e enfim da imagem o perfeito vazio - a Fé. A Fé que me desfaz em centelhas para me fundir contigo, amado e amada, contigo e com todos os rostos da Nossa Alma.
Mistérios da Portugalidade, que Portugalidade? O beijo com sabor a sal que faz da gota todos os mares da Terra, somos um e somos todos, dentro e fora da Terra. Na persistência do canto, do código, da matriz lusa, desenha-se a mais bela oferenda: o Anjo da Paz ajoelha-nos como crianças para que sejamos imaculados na palavra, lúcidos no gesto, firmes no passo e puros na entrega.
Nesta música apenas o Mistério erguendo-se na mais frutuosa claridade. E entre nós o olhar - a Palavra - singular e eterna.